15/09/2017 - José Lucas tece duras críticas ao INSS por cortar auxílios doença sem critérios técnicos
 
José Lucas da Silva, presidente da Feintramag e coordenador regional da CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros) teceu duras críticas ao INSS por cortar injustamente centenas de benefícios de auxílio doença a pessoas que realmente precisavam desses recursos para sobreviver.
 

A manutenção de apenas 10% dos auxílios-doença revisados na operação pente-fino do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) pode provocar um grande caos social não só em Mato Grosso do Sul, como em todo o País. A previsão é de sindicalistas de MS que estão recebendo inúmeras reclamações de pessoas que realmente não têm condições de trabalhar por conta de doenças ou consequências delas e que estão perdendo o auxílio financeiro que são de vital importância para sua sobrevivência.

“Ao que tudo indica a perícia do INSS não está fazendo esse trabalho de revisão levando em consideração dados técnicos. Acreditamos que estão cortando por cortar para alcançar a meta de economia de R$10 bilhões por ano ao final do pente fino, como anunciou o Governo antes mesmo de saber a realidade desses trabalhadores, seres humanos”, afirma José Lucas da Silva, presidente da Federação Interestadual dos Trabalhadores na Movimentação de Mercadorias de MS e MT - Feintramag e coordenador da Central dos Sindicatos Brasileiros – CSB/MS.

Alcídes dos Santos Ribeiro, presidente da Federação das Associações dos Aposentados e Pensionistas de Mato Grosso do Sul – Fapems afirma que com essa medida o governo vai provocar um grande caos social não só no Estado, mas em todo o Brasil. Ele afirma que “se o Governo revisasse apenas 30% dos grandes salários pagos hoje no país ele teria a economia desejada, sem precisar das costas dos trabalhadores assalariados”.

Os dois sindicalistas estão recebendo inúmeras reclamações de pessoas que realmente não têm condições de voltar ao mercado de trabalho e estão sofrendo ainda mais agora, sem os recursos financeiros para se manterem. Eles pedem o apoio e a intervenção de autoridades do Ministério Público e dos parlamentares para que intervenham no assunto para que o pente-fino não provoque injustiças e que seja cortado de quem realmente tem condições de voltar ao mercado de trabalho.

O presidente da Fapems lança um desafio ao Governo: “Por que, ao invés de tirar o pouco de quem ganha tão pouco, o Governo não reduz os grandes salários pagos aos deputados, senadores e aos altos escalões do governo e até nas esferas do judiciário?” pergunta.

O Governo Federal já cancelou mais de 1.500 auxílios-doença em Mato Grosso do Sul e a “perícia” será feita em um total de 7.832 benefícios, segundo dados do INSS.