28/06/2016 - No Senado, sindicalistas debatem solu��es para preserva��o do emprego
 
A Comiss�o de Direitos Humanos (CDH) do Senado promoveu uma audi�ncia p�blica interativa para debater caminhos que possam combater o desemprego.
 

A Comiss�o de Direitos Humanos (CDH) do Senado promoveu uma audi�ncia p�blica interativa para debater caminhos que possam combater o desemprego. Para o debate foram convidados representantes do Minist�rio do Trabalho e Previd�ncia Social e das centrais sindicais. A CSB foi representada Itamar Revoredo Kunert, secret�rio de Organiza��o e Mobiliza��o da Central. O encontro aconteceu nesta segunda-feira, 27, em Bras�lia.
A atualiza��o do seguro-desemprego e a redu��o da jornada de trabalho foram apontadas pelos participantes da audi�ncia como poss�veis medidas para preservar os empregos no Brasil. Segundo o dirigente da CSB, a sa�da para o desemprego n�o � s� econ�mica, mas tamb�m pol�tica. �Precisamos mobilizar a popula��o e Congresso para que as propostas que precarizem direitos dos trabalhadores, como as mudan�as na aposentadoria, sejam barradas�, afirmou Itamar Kunert.
De acordo com dados do Departamento Intersindical de Estat�stica e Estudos Socioecon�micos (Dieese), existem atualmente no Brasil 11 milh�es de trabalhadores desempregados. �O desemprego afeta principalmente os mais jovens, entre os 18 e 25 anos de idade, por isso o governo precisa pensar e criar mecanismos que gerem abertura de postos de trabalho. Tamb�m � necess�rio pensar em programar de qualifica��o dos jovens, que os preparem para postos de trabalho j� existentes�, avaliou o dirigente, que tamb�m � secret�rio de Organiza��o e Mobiliza��o da CSB.
Ainda de acordo com Kunert, as mudan�as no acesso ao seguro-desemprego tamb�m afetam a economia nacional como um todo. �N�s tivemos uma onda de demiss�es entre o fim de dezembro de 2015 e come�o de janeiro de 2016, que ir� come�ar a provocar profundas mudan�as na economia nacional agora, quando o per�odo de amparo do seguro-desemprego acaba. Como uma forma de enfrentar essa crise econ�mica, tamb�m temos que repensar as regras do seguro-desemprego e amparar o trabalhador desempregado�, argumenta.
Itamar tamb�m defendeu o aux�lio do Estado no socorro � economia, mas com exig�ncia de contrapartidas para os setores beneficiados. Ele criticou os benef�cios concedidos � ind�stria automobil�stica nos �ltimos anos, que n�o resultaram em reinvestimento dos recursos no Pa�s, mas sim em aumento da remessa de lucros para suas sedes no exterior. �Os mecanismos criados no passado para evitar a demiss�o em massa dos metal�rgicos n�o beneficiam os trabalhadores, mas as empresas multinacionais que continuam a remeter seus lucros para o exterior. Al�m disso, muitas empresas recebem os benef�cios se comprometendo a n�o demitir nenhum trabalhador, mas n�s sabemos que na surdina muitos trabalhadores j� foram demitidos. Temos que debater e criar mecanismos de aux�lio do Estado � economia, que abranjam todos os trabalhadores e que sejam voltados para os trabalhadores, n�o para as ind�strias�, concluiu o dirigente.