17/11/2011 - Incid�ncia de pobreza � maior nos munic�pios de porte m�dio
 
Os resultados do Censo Demogr�fico 2010 mostram que a desigualdade de renda ainda � bastante acentuada no Brasil, apesar da tend�ncia de redu��o observada nos �ltimos anos. Embora a m�dia nacional de rendimento domiciliar per capita fosse de R$ 668 em 2010, 25% da popula��o recebiam at� R$ 188 e metade dos brasileiros recebia at� R$ 375, menos do que o sal�rio m�nimo naquele ano (R$ 510).
 


Os resultados do Censo Demogr�fico 2010 mostram que a desigualdade de renda ainda � bastante acentuada no Brasil, apesar da tend�ncia de redu��o observada nos �ltimos anos. Embora a m�dia nacional de rendimento domiciliar per capita fosse de R$ 668 em 2010, 25% da popula��o recebiam at� R$ 188 e metade dos brasileiros recebia at� R$ 375, menos do que o sal�rio m�nimo naquele ano (R$ 510).
Em 2010, a incid�ncia de pobreza era maior nos munic�pios de porte m�dio (10 mil a 50 mil habitantes), independentemente do indicador de pobreza monet�ria analisado. Enquanto a propor��o m�dia de pessoas que viviam com at� R$ 70 de rendimento domiciliar per capita naquele ano era de 6,3%, nos munic�pios com 10 mil a 20 mil habitantes, essa propor��o era duas vezes maior.
As diferen�as de rendimento entre homens e mulheres tamb�m chamava a aten��o, sendo maior nos munic�pios com at� 50 mil habitantes, onde eles recebiam, em m�dia, 47% mais que elas (R$ 956 contra R$ 650).
O rendimento1 � um dos temas abordados pelos Indicadores Sociais Municipais do Censo 2010, que contemplam tamb�m outros assuntos a partir dos resultados do Question�rio do Universo do Censo 2010 (aplicado a todos os domic�lios recenseados), com foco na an�lise municipal por classe de tamanho populacional. Os indicadores est�o calculados para todos os 5.565 munic�pios brasileiros.
O estudo mostra, por exemplo, que, embora no pa�s como um todo a taxa de analfabetismo da popula��o de 15 anos ou mais de idade tenha se reduzido de 13,63% em 2000 para 9,6% em 2010, ainda chega a 28% nos munic�pios com at� 50 mil habitantes na regi�o Nordeste. Al�m disso, o percentual de analfabetos entre pretos (14,4%) e pardos (13,0%) era, em 2010, quase o triplo dos brancos (5,9%). No caso do analfabetismo de jovens, a situa��o da regi�o Nordeste era tamb�m preocupante, na medida em que mais de � milh�o de pessoas de 15 a 24 anos de idade (502.124) declararam que n�o sabiam ler e escrever. Na regi�o do Semi�rido a taxa de analfabetismo tamb�m foi bem mais elevada do que a m�dia obtida para o pa�s, mas teve uma redu��o de 32,6%, em 2000, para 24,3%, em 2010. Entre os analfabetos residentes nessa regi�o, 65% eram pessoas maiores de 60 anos de idade.
Por fim, em rela��o ao saneamento b�sico, embora a propor��o de domic�lios adequados (ligados � rede geral de esgoto ou fossa s�ptica, abastecidos por rede geral de �gua e com lixo coletado direta ou indiretamente por servi�o de limpeza) tenha subido de 56,5% em 2000 para 61,8% em 2010, nas cidades menores (com at� 5 mil habitantes), n�o chegava a 1/3 (30,8%), enquanto nas maiores (mais de 500 mil habitantes) era 82,5%.
A publica��o completa dos Indicadores Sociais Municipais do Censo 2010 pode ser acessada na p�gina
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2010/indicadores_sociais_municipais/default_indicadores_sociais_municipais.shtm