03/08/2010 - Exposi��o a ru�do no trabalho pode causar surdez definitiva, alerta a Fundacentro
 
A Fundacentro alerta: exposi��o a ru�do no trabalho pode causar surdez permanente. Segundo o pesquisador Irlon �ngelo Calmon, essas altera��es decorrem de v�rios fatores, entre os quais, a intensidade; as freq��ncias; o tempo de exposi��o e a distribui��o do ru�do ao longo da jornada.
 

Bras�lia, 28/07/2010 - Passado um m�s da copa do mundo na �frica do Sul, quem n�o se lembra das pol�micas vuvuzelas sopradas a plenos pulm�es nos est�dios de futebol? Pois a exposi��o a ru�do excessivo pode ocasionar perda da audi��o e outros efeitos extra-auditivos, sejam passageiros ou irrevers�veis, segundo pesquisa da Fundacentro sobre ru�dos no ambiente de trabalho.

Segundo o pesquisador Irlon �ngelo Calmon, essas altera��es decorrem de v�rios fatores, entre os quais, a intensidade; as freq��ncias; o tempo de exposi��o e a distribui��o do ru�do ao longo da jornada; a suscetibilidade individual e "at� mesmo a pr�pria percep��o e atitude de cada indiv�duo frente ao ru�do", ressalta.

Alertando para os poss�veis efeitos extra-auditivos induzidos pelo ru�do, como problemas psicol�gicos e fisiol�gicos, dist�rbios de comunica��o, do sono, circulat�rios e comportamentais. Tamb�m s�o diagnosticadas altera��es na aten��o e concentra��o mental, no ritmo respirat�rio e ritmo card�aco. H� aumento da irritabilidade e perturba��es no trabalho, que acabam alterando o rendimento do trabalhador.

"Para se resguardarem dos danos causados pelo ru�do no ambiente laboral os trabalhadores devem ser orientados e capacitados sobre os efeitos da exposi��o e que resultados negativos o ru�do provoca na sua qualidade de vida", observa Calomon.

O estudioso destaca ainda os procedimentos que as empresas devem adotar para auxiliar na redu��o da exposi��o ao agente emissor do ru�do: a aplica��o, os cuidados e as limita��es do uso de protetores auditivos e as medidas e programas de controle da exposi��o, tais como o Programa de Preven��o de Riscos Ambientais (PPRA) e o Programa de Controle M�dico de Sa�de Ocupacional (PCMSO).

Preven��o - Al�m de desenvolver estudos e prestar assessoria relacionada � preven��o, avalia��o e controle da exposi��o ocupacional ao ru�do, em atividades industriais, minera��o, constru��o civil, �rea florestal etc., a Fundacentro tamb�m atua em parceria com outras institui��es no desenvolvimento de atividades de campo.

Estudos e Difus�o - A institui��o criada para elaborar e difundir conhecimentos relacionados com a Seguran�a e Sa�de no Trabalho tem diversas publica��es abordando a quest�o do ru�do no ambiente laboral, entre as quais, normas e procedimentos t�cnicos, manuais de recomenda��o, disserta��es de mestrado e teses de doutorado.

A entidade tamb�m presta atendimento atrav�s de e-mail, telefone ou diretamente, no Centro T�cnino Nacional, em S�o Paulo, e nas unidades descentralizadas e promove cursos abertos ao publico em geral sobre o assunto.

Legisla��o - A Norma Regulamentadora do Minist�rio do Trabalho e Emprego, NR-15 - das atividades e opera��es insalubres - conceitua o que � ru�do cont�nuo ou intermitente e deimpacto e os limites de toler�ncia, no ambiente de trabalho.

Conceito - Segundo a norma do MTE, para fins de aplica��o de Limites de Toler�ncia, entende-se por ru�do de impacto aquele que apresenta picos de energia ac�stica de dura��o inferior a 1 (um) segundo, a intervalos superiores a 1 (um) segundo e por ru�do cont�nuo e intermitente, todo e qualquer ru�do que n�o seja de impacto.