05/04/2010 - Sindicalistas e empres�rios travam guerra silenciosa no Congresso Nacional
 
Nesta semana empres�rios e sindicalistas voltam a se enfrentar nos bastidores do Congresso Nacional na disputa �voto a voto� de parlamentares para o Projeto de Emenda Constitucional que reduz a jornada de trabalho de 44 para 40 horas
 

Nesta semana empres�rios e sindicalistas representantes de trabalhadores de diversas �reas, voltam a se enfrentar nos bastidores do Congresso Nacional na disputa �voto a voto� de parlamentares para o Projeto de Emenda Constitucional que reduz a jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais, sem corte de sal�rios. Essa �luta� tem sido travada toda semana desde o in�cio do ano legislativo na C�mara e no Senado Federal

Empres�rios tentam convencer os parlamentares a pautar essa mat�ria somente depois das elei��es, ou seja, em 2011. J� os sindicalistas querem usar as elei��es como um instrumento de press�o aos parlamentares. Amea�am anunciar para todos os cantos aqueles que forem contra o interesse dos trabalhadores, ou seja, que se omitirem ou votarem contra a aprova��o da PEC. A luta tem sido intensa. Travava nos bastidores das sess�es, nos corredores e gabinetes dos parlamentares.


Nessa luta, sindicalistas de Mato Grosso do Sul, tanto ligados �s centrais sindicais, especialmente � For�a Sindical, que t�m feito �marca��o cerrada� em Bras�lia, como tamb�m do F�rum Sindical dos Trabalhadores de Mato Grosso do Sul � FST/MS (organismo que integra dezenas de sindicatos e federa��es de trabalhadores), t�m participado constantemente dos embates com empres�rios na disputa pelo voto de cada parlamentar, especialmente os da bancada do Estado, que j� foram visitados mais de uma vez pelo movimento sindical de MS e de outros Estados.

Jos� Lucas da Silva, coordenador geral do FST/MS e presidente da Federa��o Interestadual dos Trabalhadores na Movimenta��o de Mercadorias de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul � Feintramag MT/MS, � um desses articuladores que tem lutado incansavelmente para mostrar aos parlamentares que a mudan�a para 40 horas vai trazer mais benef�cios para os pr�prios empres�rios brasileiros, proporcionando mais emprego e renda e melhorando a qualidade de vida dos trabalhadores.

Acompanhado de outros sindicalistas como Idelmar da Mota Lima, presidente da For�a Sindical Mato Grosso do Sul, Estev�o Rocha dos Santos, vice-presidente da For�a MS e presidente do Sintraconta/MS (Sindicato dos Trabalhadores de Contabilistas Aut�nomos e em Empresas de Assessoramento, Auditoria, Per�cias, Informa��es e Pesquisas e de Empresas de Servi�os Cont�beis de MS), Jos� Lucas tem percorrido gabinetes de parlamentares, concorrendo com empres�rios, para ganhar apoio para aprova��o do projeto de redu��o de jornada que tramita h� 15 anos no Congresso.

�Chegou o grande momento de mudarmos. N�o temos d�vida de que o projeto ser� aprovado, uma vez que conta com apoio at� de muitos empres�rios brasileiros�, explica o sindicalista. Ele lembra ainda que estudos s�rios, desenvolvidos por organismos como DIEESE (entidade criada pelo movimento sindical e que h� 54 anos realiza estudos, pesquisas e an�lise de temas de interesse dos trabalhadores) e Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar), apontam para in�meros benef�cios decorrentes do vigor das 40 horas semanais no Brasil. �Para isso, continuaremos fazendo press�o no Congresso Nacional. Na pr�xima semana estaremos l� novamente, fazendo nosso trabalho que amanh� ser� hist�rico�, comenta o sindicalista.

Outro grande �guerreiro� na luta pelas 40 horas, segundo Idelmar a Mota Lima, � o deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), presidente da For�a Sindical Nacional. �Ele tem conseguido o apoio de muitos parlamentares. E isto, gra�as aos instrumentos que d�o sustenta��o � proposta de redu��o de jornada, que s�o muito fortes e convincentes�, diz.

Jos� Lucas, por sua vez, ressalta ainda que a redu��o de jornada de trabalho tamb�m possibilitar� aos trabalhadores dedicar mais tempo para o conv�vio familiar, o estudo, o lazer e o descanso, melhorando a qualidade de vida deles. �Com isso o trabalhador desempenhar� melhor suas atividades, proporcionando maior produ��o e produtividade nesse novo per�odo�, acrescentou.