09/03/2009 - Centrais sindicais querem redu��o da al�quota de ICMS do diesel para baixar tarifa de �nibus
 
As centrais tecem duras cr�ticas aos vereadores da Capital que nada fizeram em benef�cio do trabalhador
 

As centrais sindicais (For�a Sindical, CGTB e CUT) e o F�rum Sindical dos Trabalhadores de Mato Grosso do Sul � FST/MS, aguardam uma resposta do prefeito Nelson Trad Filho, sobre as propostas encaminhadas a respeito da tarifa de transporte coletivo, que subiu de R$ 2,30 para R$ 2,50 desde o dia 1� de mar�o. Entre as sugest�es das centrais est� a suspens�o do aumento para um per�odo mais oportuno, j� que agora as conven��es coletivas est�o sendo fechadas e os empres�rios n�o querem conceder reajuste salarial por conta dos quase 9% de reajuste das tarifas dos coletivos.

As centrais sugeriram tamb�m a redu��o da al�quota de ICMS do �leo diesel que � de 17% sobre cada litro consumido, enquanto nos Estados vizinhos (SP, PR, GO, MG) � de apenas 12%. Samuel da Silva Freitas, presidente da CGTB (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil) lembrou que o governo do Estado n�o colabora com absolutamente nada no processo de transporte coletivo de Campo Grande, apesar dos trabalhadores bancarem a gratuidade dos estudantes da rede estadual de ensino.

�Ali�s, � bom ressaltar - explicou Samuel � que n�o � apenas o Estado que n�o colabora com a tarifa de transporte coletivo. A prefeitura de Campo Grande tamb�m n�o. Infelizmente, todo �nus da passagem � pago pelo pobre do trabalhador assalariado�.

Outra proposta apresentada pelas centrais foi de que os Correios e Tel�grafos devem pagar pelo transporte dos carteiros que tamb�m fazem parte da lista dos benefici�rios com a gratuidade nos coletivos. �Ora, se a prefeitura n�o recebe um desconto sequer nas correspond�ncias que envia, como pode ent�o conceder gratuidade para uma empresa que faturou milh�es de reais no ano passado?� questiona Idelmar da Mota Lima, presidente da For�a Sindical em Mato Grosso do Sul.

Foi proposto tamb�m o �passe fideliza��o�, que consiste na premia��o ao usu�rio pagante do SMTC (Sistema Municipal de Transporte Coletivo), concedendo b�nus (em viagens) pela aquisi��o e utiliza��o freq�ente do sistema de transporte.

O coordenador do FST/MS, Jos� Lucas da Silva lamentou a aus�ncia do prefeito Nelson Trad Filho, na segunda reuni�o com o movimento sindical, na ter�a-feira na sede da Ag�ncia de Regula��o, com a presen�a do diretor do �rg�o, Marcelo Amaral. De qualquer forma, como as sugest�es, solicitadas pelo pr�prio prefeito, foram encaminhadas, as centrais sindicais, segundo Jos� Lucas, esperam que o prefeito se posicione sobre elas perante a opini�o p�blica, com a mesma rapidez com que o levou a conceder o reajuste de quase 9% nas tarifas de transporte coletivo de Campo Grande.

O presidente da CUT, Alexandre Costa mostrou-se bastante preocupado com a demiss�o dos cobradores. �S�o oportunidades de trabalho que est�o sendo aniquiladas. E obrigar motoristas a efetuar tamb�m esse papel, de cobrador, � um desrespeito sem limite�, criticou o l�der sindical.

Alexandre Costa informou tamb�m que esse percentual de reajuste da tarifa, quase 9%, j� est� sendo usado por diversos setores da economia da cidade como forma de n�o aceitar reajustes significativos aos sal�rios dos trabalhadores no fechamento das conven��es coletivas de trabalho. �Isso � muito s�rio e, ao que tudo indica, o trabalhador vai acabar pagando duas vezes por essa famigerada tarifa de transporte coletivo�, criticou.

Cr�ticas aos vereadores

As centrais sindicais ficaram indignadas com a postura da C�mara de Vereadores onde a maioria dos parlamentares deixou-se convencer, numa reuni�o com o prefeito Nelson Trad, de que a planilha justificou o aumento concedido e colocado sobre os ombros somente dos trabalhadores.

�Contra fatos n�o h� argumentos�, comentou o sindicalistas Estev�o Rocha, vice-presidente da For�a Sindical, procurando explicar a �import�ncia� da �famigerada� planilha de custos apresentada pelos empres�rios e com o aval da prefeitura para justificar o aumento da passagem para R$ 2,50 a maior de todo o Pa�s. �Ora, aceitar uma planilha que eleva custos astron�micos para o trabalhador bancar � um absurdo. � inacredit�vel. Fazendo uma analogia � o mesmo que amanh� ou depois, o casal Nardoni vir a p�blico tentar �planilhar�, ou melhor, justificar, a morte da menina Isabela.